Sentir
seus dedos enrugados depois do banho. Colocar a mão dentro do
saco de farinha de trigo, e apertar a farinha. Destampar o ouvido
quando se desce a serra. Acordar no meio da madrugada com muita sede
e tomar um copo d'água. Comer aquela barra de chocolate
escondido. Sentir sua perna parar de formigar. Abrir a janela e
sentir o cheiro de chuva e ar fresco. Mastigar a tampa da caneta.
Colocar a mão pra fora do carro e sentir o vento. O relógio
despertar as 6 da manhã, e você descobrir que é
domingo e pode voltar a dormir. Andar por uma subida enorme, e ver
que ela já acabou. Ouvir uma música, tampar e destampar
o ouvido com as mãos. Fazer uma piada e ver que todos deram
risada. Ver que aqueles 5 minutinhos para ir embora acabaram. Estar
na sala assistindo tv, e sentir aquele cheiro de banho vindo do
banheiro. Desabar em lágrimas quando não se consegue
mais segurar o choro. Dar aquele cochilo quando se acaba de comer.
Andar descalço no calor, e sentir o chão gelado. Ficar
sentado no solzinho quente, no meio do mês de julho. Sentir
aquele arrepio quando alguém passa a mão na sua nuca.
Estar gripado, e sentir que seu nariz destampou e você pode
respirar normalmente. Sentir o friozinho na barriga quando o carro
faz uma descida inesperada. Perceber que seu pé não
está mais gelado, e que agora você já consegue
dormir. Sentir o cheiro do alho e da cebola queimando na manteiga.
Olhar para o céu e ver uma estrela cadente. Ir dormir
pensando: amanhã eu não tenho nada pra fazer, então
posso dormir até tarde. Sentir aquele nó no peito, e
poder conversar com alguém. Morder uma maçã e
ouvir aquele “crack”. Sentir a beirinha do mar, e a areia
afundando em baixo dos seus pés. E naquela hora em que você
mais precisa, receber um abraço inesperado.
Coisas
da vida tão simples e pessoais que merecem seu valor.
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