quarta-feira, 6 de julho de 2011

Flores

Eu quero falar sobre flores.
Esquecer minhas tão sofridas dores.
Me embebedar em desaparecidos amores.
E sonhar sem pudores.

Flores que sorriem quando eu passo. Flores amarelas.
Tão belo seria o acaso, se no meio do meu leve compasso desse cara na minha janela.
E nela? Há uma lua brilhando de tão bela.
E que bom seria ter uma flor azul.
Voaria alto, longe e direto para o sul. Lá um frio de doer a alma.
A nova neve de inverno, faz da minha inquietude mais calma. Do meu viver mais lento. 
E eu sem mais movimento, sem mais opção, caio em um jardim de rosas vermelhas.
Ou seriam brancas antes d'eu cair?  Não, não. São e sempre foram flores velhas e vermelhas.
E que dentro de mim, simplesmente assim, decidem murchar.
O amor de um vermelho tão vívido, começa a murchar e se apagar.
A doce esperança pintada de sol, banhada de ouro continua a sorrir e a brilhar.
E a sufocada liberdade em um azul tão céu, está a sonhar. A voar. A lutar.

Karina Agnês