sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O ano bipolar

Foi o ano de aprendizado. O ano de vivência. O ano intenso, complexo e bipolar.
2010 foi um ótimo e péssimo ano, altos e baixos, coisas boas e ruins. Mas tudo deu certo no final, e com certeza posso dizer: Valeu a pena.

2010 eu te amo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Slow

Há músicas que eu gosto tanto, que passam rápido demais. Então eu diminuo a velocidade, e os segundos passam mais vagarosamente, e eu posso ouvir todos os sons em câmera lenta, por mais tempo.
Porque não podemos fazer isso com os momentos? Porque não podemos fazer com que tudo se torne devagar, e sendo assim dure mais?
Ou apenas, apertar o botão replay, e tudo se repetir?
Porque não podemos viver nossa vida mais vezes, e mais devagar, assim como fazemos com nossas trilhas sonoras?
A vida não tem um controle remoto.

Karina Agnês

domingo, 26 de dezembro de 2010

Meu amor, meu nada

Eu sou incapaz de amar.
Sei apenas me apaixonar. Me apaixono facilmente por tudo. Amores, amigos, histórias, pessoas, personagens, livros, filmes, animais, fases, lugares, coisas, momentos e até mesmo desconhecidos... Mas é sempre tudo passageiro, ou inconstante.

Quando acho que é amor de verdade, tomo um banho d'água gelada, e sinto vazio da decepção.
Será que amar é privilégio dos fortes? Ou dos fracos? Ou é somente uma dádiva de alguns?
Amar me parece ser tão complicado, mas quem dera eu sentir a dor do amor. Pelo menos sentiria algo, a não ser esse vazio ecoando no meu peito.

Mas enquanto eu não me ensino a amar, eu quero mesmo é encher a cara de ilusão.
"Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse pleno de tudo." -Clarice Lispector
E que seja o nada, enquanto o tudo não chegar. Porque o meio termo eu rejeito.

Karina Agnês

Entrelinhas do destino

Estremeci de medo, só de pensar na hipótese de ser verdade. Acabou.
Mas horas... não poderia ser tão ruim assim, poderia?

Para todo o fim existe um recomeço. E é o recomeço que me dá essa ânsia no fundo do estômago. O desconhecido nunca nos é agradável.

Porém não há para onde correr, só há uma direção para se andar: Para frente.
Todos os outros lados estão indisponíveis, pois o destino assim quis.
E agora, haverá alguns obstáculos a serem vencidos, umas subidas a serem passadas para trás, e cansaços a serem superados.
Mas no final, tudo se tornará passos dados numa estrada qualquer de nossas vidas. E o destino nos mostrará outro caminho, e o desconhecido retornará.

O tempo não para. A caminhada não acaba. O destino ainda nos reservará muitas surpresas.
Existir, persistir e nunca desistir, assim devera eu fazer, até tudo virar pó.

Karina Agnês

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Arrumar o quarto e a vida

Eu tenho a terrível mania, de sentar e esperar.
Como se de repente, um ET amarelo fosse aparecer na minha frente e me dar os números da mega sena, e me conceder 3 desejos.
Quem sabe?
Mas o fato é: Eu não posso mais esperar!
Enquanto o ET amarelo não vem, é bom eu me mover, e fazer algo de útil na minha vida.

Mudar é simples.
Basta planejar, acreditar, tentar e realizar.
Só. Apenas esses 4 passinhos, e está feito!
Poooorém... Falar é fácil não é mesmo?

Então nesse ano novo, eu preciso, e aposto que você também, parar de só prometer, e prometer, e prometer... Não adianta nada fazer uma lista enorme de desejos, e depois de 2 dias desistir.
Sendo assim, temos que tentar mudar! Fácil não é, mas o que custa?

É como arrumar o quarto. Você vê toda aquela bagunça, e vai empurrando com a barriga o quanto pode... E a bagunça só vai aumentando.
Até que tem uma hora que não dá mais! Você TEM que arrumar!
Então, você olha, olha, olha... E acha que não vai conseguir. Mas consegue.
Começa jogando fora os lixos, levando embora tudo o que não pertence ao seu quarto, dobrando umas roupas, guardando umas coisas, varrendo, arrumando a cama e quando você olha ao seu redor, você arrumou!
E aí vem a sensação de orgulho, paz e bem estar.

É isso o que devemos fazer com as nossas vidas.
Você vai aguentando as coisas ruins da sua vida, aguentando, aguentando... Até uma hora que não dá mais. E você acha que tudo está perdido, nada mais tem solução! Mas tem.
Só basta você mudar. É difícil, eu sei, mas você TEM que mudar.
Comece jogando fora tudo que é lixo na sua vida, e se livrando dos sentimentos que não te pertencem, terminando de fazer o que já começou, e guardando tudo que ainda há de bom, varra todo seu passado e esqueça tudo de ruim, arrume e organize seus sonhos, e quando você olhar ao seu redor, você mudou!
E aí vem a sensação de orgulho, paz e bem estar.

Faça, e faça com vontade, mas uma coisa de cada vez, e então, quando der por si, tudo se realizou!
Eu vou fazer de tudo para cumprir os 4 passos, e espero que, só depois de me levantar e realizar tudo o que prometi a mim mesma, o ET amarelo possa me fazer uma visitinha.

Karina Agnês

domingo, 12 de dezembro de 2010

Erro?

Elas foram meu maior motivo para seguir em frente. Meus maiores sorrisos, meus maiores abraços, minhas maiores lembranças, minhas maiores amigas.

Não sei porque, mas não consigo escrever a respeito disso.
Talvez porque eu ainda não tenha certeza. Talvez porque eu não esteja convicta das minhas atitudes. Mas eu não posso voltar atrás... o que eu fiz é imperdoável.

Eu as deixei ir.

Eu senti naquele instante, um vazio. Uma desnorteação. Uma tristeza.
Mas eu não senti dor. Não senti falta. Não senti nada além de uma confusa melancolia interna, e um gosto amargo de mágoas passadas.
Talvez porque, naquele instante eu só havia pensado nas coisas ruins, nas más lembranças.
Mas quando a ficha cai... Aí então, me dei conta... Acabou.

E agora? O que eu vou fazer da minha vida sem elas? Eu não sei.

Uma parte do meu coração grita: "Peça perdão, esqueça tudo isso, volte e conserte seu erro. Elas irão te perdoar, pois te amam."
A outra parte sussurra: " Vá em frente, o que foi feito, está feito. Vai dar tudo certo. Foi melhor assim, pois evitou esquecimentos e mais dores futuras."

Sei que sempre devo seguir meu coração... Mas qual lado?
Alguém poderia me informar qual é o caminho certo a ser tomado?

Independente de tudo isso... Eu ainda as amo. Sempre amei, e sempre vou amar. Não importa qual caminho vou tomar.

Karina Agnês

sábado, 11 de dezembro de 2010

Fim.

Encerra-se um ciclo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Fragilizada

Hoje eu acordei com vontade de escrever. Escrever de um jeito diferente de como escrevo.
Escrever... ocasionalmente... Talvez seja essa a palavra.
Acordei meio sensível. E não, eu não estou de tpm.

Tudo na minha vida é tão instável. São altos e baixos, em todos os momentos.

Uma fase mega importante, está acabando na minha vida. Eu vou sair da escola, e vou para o colegial. Um colegial bom, ainda por cima. Dei muita sorte de passar em um vestibulinho super concorrido, e ainda conseguir transporte. Porque aliás, o colégio é do outro lado do mundo.

Terminei meu curso de teatro e fiz minha primeira apresentação. No palco, senti que ali era meu lugar, e que finalmente, estava fazendo algo bem. E estava mesmo! Pela primeira vez na vida, vi os olhos dos meus pais brilharem de orgulho. E foi tão... bom.
Apesar de que, no mesmo dia, decepcionei eles, e outras pessoas que amo.
É, só eu mesma, para acabar com uma festa surpresa, e com o próprio aniversário.

Eu estou com medo.
Medo de admitir, que estou com medo, na verdade.
Medo de tudo acabar, medo de tudo começar. Medo de respirar. Porque respirando, eu sei que o tempo está passando, e chegando mais, e mais perto do fim.
Afinal, olhe para mim! Já tenho 15 anos! Dá para acreditar? Não, não dá.

Eu tento não pensar mais no tempo. E isso até que ajuda. Você vive mais o agora, vive mais o presente. Faz mais besteira, tem mais história para contar... Mas você acaba ficando... fria e distante. Sem um sentido para viver.
Por isso é inevitável, não pensar no tempo.


O amor.
É... o amor.
O meu está guardado à sete chaves. Pena que eu perdi todas.
Não consigo demonstrar, de nenhuma forma o amor.
Eu até que tento. Mas algo me bloqueia. Azar o meu, e de quem merecia, mas infelizmente não tem meu amor.

E a paixão? Que não me visitou nunca mais... Até me telefona às vezes, mentindo para mim, que amanhã ela virá. Mas ela nunca vem.
Então eu fico aqui, chorando lágrimas passadas...

Me sinto tão sozinha...
Deveria ter ouvido minha mãe aos 9 anos. Disse-me ela:
"Cuidado Karina, é melhor você mudar esse seu jeito, antes que todos se afastem de você."
E eu escutei? Haha...
Sei que agora, estou pagando por toda a minha teimosia, e egoísmo. E ainda com um sorriso no rosto, para fingir que eu nem ligo.

Juntando tudo isso, com mais algumas brigas, cansaços, confusões, lágrimas, melodias, dores e muitas perdas. Eu fiquei fragilizada.

Mas tudo o que eu pedi no começo de 2010, eu consegui.
E quer saber o que eu pedi?
Eu pedi uma vida bipolar, com alto e baixos.
Uma vida felizmente instável.

E hoje, eu consigo perceber que ser bipolar, não é tão legal quanto parece. E pode ter certeza, que eu eu mudarei meu pedido para 2011.

Karina Agnês

sábado, 27 de novembro de 2010

Shadow Girl

Fria, distante e sombria.

Porque todos a observam? Quem é ela? Está vendo?

Ahh! Ela é uma farsa!
Ela se esconde atrás de muros, para não ser atingida. Foge da batalha. Deserta de sua própria vida. Mesmo assim, se mostra um rio de coragem.
Pobre garota! Chora no canto do quarto escuro, com medo de perder!

Usa uma máscara a cada dia, e a cada hora interpreta um alguém diferente.
Mas quando sai de cena, sua personagem principal, desaparece.

Ela não presta.
Ela fala de ódio, pensando em amor.
Mas retribui uma espada, à uma flor.
Ela não é o que diz. Ela não é o que pensa. Ela não é... ninguém.
Em uma brincadeira de esconde-esconde, ela se escondeu de si mesma. E agora não sabe mais onde se encontrar.

Guarda todos seus segredos, angústias e histórias, no porão da alma.
Mas seus olhos, ainda não ocultam sua tristeza. Seus olhos são um mistério sem fim.


Pessoa obscura de olhos negros.
Garota fria, presa num castelo de areia. Que está desmoronando.

E agora? Para onde correr?
Todos podem ver suas cicatrizes, expostas ao sol.

Expostas ao sol?
Sim, garota sombria. Agora você está exposta ao sol.
Mostre a eles, sua verdadeira face e continue a andar, procurando a si mesma.
Adeus e boa sorte!

Karina Agnês.

sábado, 13 de novembro de 2010

Amanhecer

Leve e vazia. É assim que eu me sinto agora.
Uma casca sem vida, ossos sem movimento, coração sem sentimento.

A última batalha foi árdua, e me consumiu inteiramente. Partes do meu corpo ficaram por lá mesmo.
Mas tudo agora passou... Tudo agora é deserto. E no horizonte, uma pequena luz brilha. É um novo amanhecer, uma nova esperança.
E mesmo sem forças, eu vou levantar e continuar. Porque é preciso, sempre, seguir em frente.

E desculpe-me por ser contraditória, mas eu estou exatamente, aonde eu queria estar. E não me importa como estou, como vou ficar, o que acontecerá... Pois agora as cicatrizes do passado, e os anseios do futuro não me atingem mais.
Vivo o presente, e mesmo sendo uma casca sem vida, eu estou finalmente em paz.

Karina Agnês

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Compaixão

4 horas da tarde. O ônibus vazio. 5 minutos antes, havia discutido com a minha mãe.
Em pé, até mesmo com lugares vagos. Cheia de problemas na cabeça, sem resoluções previstas.
E então, eu me rendi, e desmoronei.

As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, como se aquilo fosse natural. Meu coração gritando, meus dentes cerrados, e meus lábios fechados.
Como a vida poderia ser tão injusta assim comigo? Olhe a minha situação!
Naquele momento, senti o amargo gosto do ódio, que porcaria de vida era essa?
Ninguém poderia sentir mais dor, no fundo da alma, do que eu naquele momento.

Seria mesmo?
E então olhei a minha volta.
Será que todas aquelas pessoas, são felizes? Será que todas elas naquele momento estão bem? Como eu poderia saber, se seus corações não estavam sangrando também?

Logo a minha frente, havia um gari, com seu uniforme laranja, provavelmente voltando para casa. Aparentava uns 60 e poucos anos. Observei suas rugas, e pensei: "Será que era isso que ele esperava para o seu futuro, quando tinha minha idade? Será que ele gostava de trabalhar como gari, ou seria a pura necessidade?"
Provavelmente, as respostas não seriam muito positivas.

Nele eu vi um ser humano. Como deveria ver todas as outras pessoas.
Um ser humano com dores, amores, histórias, sonhos...
Ele sentado no seu canto, sem dizer uma palavra, e nem ao menos uma troca de olhares, me ensinou muito mais, do que muitos professores que ja tive. Me ensinou a deixar de ser egocêntrica, e a olhar para os outros. Afinal eu não sou o centro do mundo. Não sou o problema de tudo e de todos, não sou só eu que sofro, não sou só eu que choro. Não existe apenas eu, neste mundo.
As coisas não são, e não devem ser do jeito que eu quero. As coisas são, do jeito que elas devem ser.

Ok, tudo isso eu já sabia de cor e salteado. Mas nunca havia sentido tão intensamente. E isso me fez abrir os olhos.
Eu gostaria que todos, apenas por um momento, parassem um pouquinho suas vidas agitadas, e pensassem um pouco nos outros. Assim, o mundo teria uma chance, de ser diferente.
Mas hoje em dia, se vê um ser humano desconhecido, apenas como um copo descartável.

Hoje saí um pouco do padrão dos meus textos, mas isso, esse sentimento de compaixão ao próximo, também faz parte de mim. Por de baixo desse meu jeito egoísta, ainda existe amor.
E por mais que eu não goste e não queira admitir, eu não sou o centro do mundo. Talvez apenas do meu mundo.
Mas há muito mais mundos, além do que eu imagino e enxergo.

Karina Agnês

domingo, 19 de setembro de 2010

Voar

De repente eu acordo, e minha vida já não é mais a mesma.
O que aconteceu comigo?

Eu não amo mais as mesmas coisas que amava.
Eu não me importo, com o que deveria me importar.
Eu sofro pelo inevitável.
Eu me assusto com a realidade.
Eu tenho vergonha de ser quem eu sou.

Tenho uma vontade enorme de deixar tudo para trás, e sumir no mundo. Sem apegos, sem medos e sem fronteiras.
Gostaria de ter essa liberdade, e essa flexibilidade de ir embora.
Isso acabaria com os problemas, ou se não acabasse, me fizesse esquecer.
Queria sair, mudar quem eu sou, conhecer novos lugares, amar novas pessoas, ter novas experiências e quando me cansar, simplesmente sumir.
Mas algo, mais forte que eu, me prende.

Simplesmente queria me libertar das correntes e voar.

Karina Agnês

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Perder ou nunca ter?

Há alguns dias, essa pergunta vem me cercando:
Perder ou nunca ter?

Sempre tive a resposta na ponta da lingua: Claro que eu prefiro perder! Pelo menos eu vou ter tentado, e ter tido um pouco de felicidade.
Mas agora, que eu sinto as reais dores de perder, não tenho certeza mais de nada.
Parece que arrancaram um pedaço do meu corpo friamente, e me deixaram sangrando, sozinha, no meio do nada, sem o que fazer para parar de doer. Sem ter opção, sem ter coração, sem ter razão.

A dor da perda, é a pior dor que existe no mundo.

Fora que desejar perder, ao invez de nunca ter, é um desejo muito egoísta. É preferir ver você e muitas outras pessoas sofrendo, do que apenas sofrer sozinha, com o desejo reprimido de nunca ter.

Será que vale a pena?
Ter um amor imenso sentido, cuidado e moldado. Para depois ele ser despedaçado em mil pedaços, sem nem mesmo um mínimo aviso prévio?
Será?

Mas neste momento eu não tenho escolha, é sofrer ou é sofrer. Já havia feito minha escolha, agora tenho que aguentar as consequencias.
E por meu egoísmo, muitas outras pessoas terão de aguentar também.
Além da dor da perda, o peso da culpa.

O jeito é fazer o que eu sempre faço. Fechar bem os olhos para a realidade e pedir para que Deus me leve para um lugar bom, um momento de paz. Seja ele do futuro ou do passado. Ou apenas dos meus sonhos.
E esperar. Esperar a dor diminuir. Esperar o furacão passar, para ver a real destruição causada na minha vida, e poder enfim caminhar e seguir em frente, mesmo com meu coração sangrando.

Não importa em quantos pedaços seu coração foi partido o mundo não pára para que você o conserte. - Shakespeare.

Karina Agnês

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Falta

Falta de fé, falta de amor, falta de razão.
O calor chegou, e trouxe frieza no meu coração.
Eu estou bem e muito feliz. Tenho tudo para estar.
Mas me falta... Algo que eu já não sei explicar.

Nada me encanta.
A criatividade está a mil, mas a escassez de inspiração, não me deixa expressar, inventar, escrever, pintar, cantar, falar, criticar e até mesmo amar.
É tanta informação, que nada mais me satisfaz.

Tudo demais perde a graça. Será isso?
Será que estou vivendo tão bem, que estou cansada?
A felicidade superficial me trouxe tédio?
Não sei.

Sei que me falta algo, bem no fundo de minha alma.


Karina Agnês.

sábado, 24 de julho de 2010

Um lugar pra chamar de meu

Meu mundinho particular.
Fechado entre quatro paredes. Decorado em quarenta quadrinhos. Bagunçado todos os dias. Desabitado em dia nenhum.
Meu mundinho é muito mais do que apenas meu quarto.
É meu esconderijo, meu país das maravilhas, minha terra do nunca.
Minha esperança e realização.
Um lugar pra chamar de meu, sem ter uma descrição melhor.

Este lugar, presenciou minhas aflições, alegrias, desamparos, lágrimas, sorrisos, melodias, carências, fases, sonhos, pesadelos, desejos, monólogos, crises, loucuras... Enfim minha bipolaridade toda. E uma parte disso ele adquiriu em sua atmosfera. Emoções pairam pelo ar do meu mundo.

Criei uma fábula, talvez.
Em meu mundo eu sou o pequeno príncipe, e meu gato a pequena rosa, vivendo em um pequeno mundo, recuando a cadeira e vendo cada pôr-do-sol a espera de uma lua melhor. A espera de um mundo melhor, a espera de um motivo melhor.
Mas não importa, cuidarei de meu mundo e de minha rosa até eu me cansar e me jogar no espaço, em uma nova aventura. E quando voltar arrependida de ter partido do meu lugar, serei recebida de braços abertos, com todo o aconchego merecido. E assim brilharei como mais uma pequena estrela deste imenso universo.

Meu mundo faz parte de mim.
Afinal, eu sou também o que construí.

"Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado, ninguém sabe mexer na minha confusão. É o meu ponto de vista, não aceito turistas, meu mundo tá fechado pra visitação" - Dani Carlos

Karina Agnês

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sem título, sem conteúdo, sem nada.

Não sinto nada.
Há um grande vazio dentro de mim.

O meu coração ainda bombeia meu sangue, mas isso parece em vão.
Não tenho mais razões.
Continuo com meus sonhos e esperanças, mas isso não faz mais sentido. Não há mais um porque de eu realiza-los. Portanto não há mais um porque de eu correr atrás.

Não há mais porque viver.
Estou cansada. Não de corpo, e sim de alma.
Sei que só eu posso mudar.
Mas a questão é: eu quero?

Não me faltam amigos, família, sentimentos...
Me falta uma razão pra continuar a existir.
O ser humano não vai mudar, pessoas passam suas vidas inteiras vendadas. Não tem mais jeito.
O tempo vai continuar a passar, e pessoas vão continuar a morrer em vão.

A vida infelizmente é assim.
Quando crianças, tudo é brincadeira, tudo de mentirinha. Quando adolescente tudo é festa e esperança. Quando adulto só responsabilidades e desilusões. E quando idosos doenças e a dor da vida ter passado.
E tudo se acaba.
Deus nos deu o presente da vida. Mas estamos jogando esse presente no lixo.

Não estou querendo dar uma lição de moral hoje. Mas essa é a verdade.
Então pra que continuar?
Ok, eu posso fazer diferente. Mas e as pessoas ao meu redor?
Vão morrer em seus mundinhos alienados, enquanto eu não posso fazer nada.
Eu não quero sentir isso.
Eu tenho medo.

É isso o que eu sinto. Medo e um vazio enorme.
Agora eu vou deitar na minha cama, e deixar que a rotina me devore, até eu tomar uma decisão. Ou não.

Karina Agnês

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O percurso

As coisas mudaram, e eu nem percebi.

Não tenho mais vergonha de ser chamada de criança, talvez porque eu não me sinta mais uma criança.
Não me vejo como uma adulta. Tenho responsabilidades e afazeres, mas não me vejo madura o bastante. E me falta muita liberdade.
Também não me vejo como uma adolescente, apesar de ter a consciência de que sou uma. Talvez eu esperava um pouco mais da adolescência, ou apenas esperava que fosse diferente.

O tempo sabe exatamente o percurso certo da vida. E nos faz ficar acostumado com mudanças naturais, mudanças que acontecem devagarsinho, mudanças que as vezes nem sentimos.
Mas quando paramos de pensar nas obrigações, no dinheiro, na novela, no twitter, e no que fazer amanhã... E olhamos para trás, nossa mente faz um click, e caímos na real.
O tempo passou, a gente mudou, aquela época feliz (ou não) não vai mais voltar.

E então lembramos das pessoas, dos sonhos, das músicas... E tomamos uma atitude, ou pelo menos pensamos em tomar.
Decidimos que vamos ligar para aquele velho amigo, que vamos enfim realizar tudo o que mais desejávamos e que voltaremos a escutar aquelas musicas que tanto amávamos.
Sim... a partir de amanhã as coisas mudam.

E o amanhã chega, e a nossa rotina continua a mesma, sem ter a coragem de tomar uma atitude.
Pensamos: aah daqui a pouco eu faço.
E os dias vão passando, até a rotina tomar conta, e você esquecer sua identidade, sua história.

Esse é o tempo. Esse é o percurso.

E eu no meio disso tudo, vou vivendo cada dia, sem esquecer do que eu passei pra chegar aqui.
Realmente a rotina e os problemas me sufocam muitas vezes. Mas os sonhos me fazem levantar, e enfrentar.
Não quero uma vida feliz. Quero uma vida intensa, uma vida cheia de altos e baixos. Uma vida bipolar.
O tempo vai continuar a passar, e querendo ou não, de muitas coisas importantes eu vou esquecer.
Não, eu não vou chorar.
Eu sei que as coisas não são fáceis. Talvez nem tudo seja como eu imagino. Mas eu vou lutar até o fim.
O tempo pode me tirar tudo, até mesmo a minha vida. Mas ele não pode apagar minha história.
Eu sinto orgulho do que me tornei, se precisasse faria tudo de novo, até mesmo as coisas em que me arrependo.
Minhas opiniões vão continuar mudando. Minha aparência vai continuar mudando. Meus ideais vão continuar mudando. Meu amor vai continuar mudando. Meu jeito vai continuar mudando Mas eu não.
Eu serei a Karina de sempre. Com as mesmas cicatrizes, com o mesmo olhar, com o mesmo coração, com o mesmo sorriso...

Não tenho certeza de nada.
Apenas que sou uma simples garota brincando de viver.
E pretendo continuar para sempre assim. Até que provem ao contrário.

Karina Agnês

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sina de Judas

Eu acredito que existem pessoas, em que a sua sina tende a seguir para o lado mal.
Essas pessoas por mais que tentem, não conseguem fazer o bem, e só espalham coisas ruins. Pode ser com a malícia ou com a inocência, elas sempre vão fazer o que não é certo.

Mas afinal... É necessário. Se o mal não existisse, o bem também não existiria.
Como Judas. Era necessário que ele traísse Jesus, para a profecia se cumprir. Era necessário ele ser escolhido por Jesus, para ser seu apóstolo.
Mas e se ele tivesse a conciência do bem e do mal? E se a sina dele não fosse essa? E se fosse algo por acaso? Será que ele faria?

Mas enfim... em todos os lugares, existe um "Judas". Alguém que nasceu com o destino de fazer o mal, simplesmente para o bem existir.
Se isso não acontecesse será que o mundo estaria onde está?
Por qual razão as pessoas fariam o mal? Quem gostaria te ter orgulho por matar pessoas? Com atos e palavras?

Eu tenho medo de ser uma dessas pessoas. Mas as vezes tenho essa maldita impressão.
Pois por mais que eu tente, por mais que eu me esforce, eu sempre acabo ferindo as pessoas.
E agora?
O que eu faço se minha sina for realmente essa?

Me cansei de perguntas. Quero respostas.
Mas eu sei, que só as terei no fim de tudo. Então, vou esperar.
Teria eu a sina de Judas?

Karina Agnês

terça-feira, 22 de junho de 2010

Quem é a Pessoa Bipolar?

Enfim, vamos falar um pouco sobre mim.

Meu nome é Karina Agnês, tenho 15 anos e já tive 22 gatos em toda minha vida. Meu prato preferido é strogonoff, e eu gosto das cores vermelho e verde.
Não sou social, mas sou extrovertida. Não sou burra, mas sou distraída.
Estudo por obrigação, "trabalho" por necessidade, leio por diversão, faço aula de teatro por gosto, escrevo por uma forma de expressão, e canto por amor.

Garotos? Só se eu gostar realmente, não me iludo fácil e não faço questão de estar namorando ou não.
Não sou muito chegada a eventos familiares, mas amo minha família, por mais que me sinta totalmente deslocada.
São poucos os amigos que me aturam, mas esses poucos estão no meu coração.
Irmãos de sangue não tenho, mas tenho duas de consideração, elas que me salvam nas horas mais difíceis, e é com elas que eu passo os dias mais divertidos.

Sou determinada, idealista e individualista. Quando tenho um objetivo, não importa o quanto demore, o quanto seja difícil, ou o quanto as coisas parecem dar errado, eu não vou desistir. Por mais que ninguém me apoie, por mais que todos sempre digam não para mim, eu não vou desistir.
Esperança é a palavra chave.
Meu maior medo é perder. Perder a minha vida esperando. Passar minha vida inteira com um objetivo e fracassar.

Sou um pouco diferente. Prefiro sítio do que praia, prefiro legumes do que salgadinho, prefiro fazer as coisas sozinha do que em grupo, prefiro guaraná do que coca, prefiro programa Silvio Santos do que pânico, prefiro ser anti-social do que popular.

Sou impulsiva e demasiadamente louca. Faço o que eu gosto, e não o que os outros me obrigam.
Falar mal de mim? Pode falar. Não vou me abalar. Eu só aceito críticas construtivas.
Pensando bem, eu não aceito não. Sou cabeça dura, e meus conceitos não serão formados pelo o que você me diz.
Não gosto de gente hipócrita, falsa, mentirosa, metida... Alias, eu não gosto de ninguém.
Se eu não falo com você, não é porque eu estou fazendo "tipinho" ou porque sou tímida, é simplesmente porque eu não quero falar com você.
Não me julgue pela capa, eu não sou o que pareço ser. E se você pensa que me conhece, está errado.

Eu pareço ser chata, mas não sou.
Eu sou MUITO chata. É diferente.

Eu gosto de ficar sozinha. É meu maior momento de paz.
À um tempo atrás, eu odiava meu quarto. Então eu resolvi mudar, e com muita garra, eu consegui transformar, o meu pesadelo no meu refúgio.
Não consigo nada de mão beijada, mas consigo tudo o que eu quero com muita força de vontade.
Sonhar acordada é meu passatempo favorito.

Meu blog Pessoa Bipolar, é tudo o que eu sou.
Meu blog Refúgio Noturno, é tudo o que eu penso.

Eu gosto de músicas, não por estilo de roupa, ou por estar na moda. Eu gosto, porque essas músicas mexem comigo de alguma forma. Não precisa ter razão.
Não ligo de gostar de coisas que todo mundo gosta, e muito menos de gostar de coisas que ninguém gosta/conhece. Eu sei qual é meu gosto, e independente de fazer sucesso ou não, eu vou gostar.

Eu odeio a escola, e odeio estudar.
Já fui de todos os "grupinhos" que se pode imaginar naquele inferno. E isso só me acrescentou, em alguns risos, lágrimas, e muita experiência.
Inteligência não é tirar 10. Notas são irrelevantes.

Gosto do livro Vendedor de Sonhos, gosto da banda Forfun, gosto da cantora Regina Spektor, gosto do filme 500 days of summer.

A lua e as estrelas são minhas grandes paixões.
Eu amo a noite.

Não sonho em ser uma grande "pop star". Sonho em cantar, e mexer com o coração de alguém. Não importa se eu tiver somente um fã.
Não sonho em ser uma autora de um best-seller. Sonho em escrever, e alguém se identificar com o que eu escrevi. Não importa se só uma pessoa ler meu livro.
Não sonho em ser a atriz principal. Sonho em atuar, e fazer um bom papel. Não importa se eu mal apareci.
Enfim... Não me importo em mudar o mundo, contando que eu mude a vida apenas de uma pessoa. Nem que essa pessoa seja eu.

Sou intensa, e muito mais profunda do que você pensa.
Sou complexa, muito difícil de se entender.
E sou bipolar, mudo de humor facilmente.
E por mais que isso as vezes me faça mal, não quero e não vou mudar.
Eu sou o que eu sou, em todos os sentidos.
Ponto final.

Não sei se esse texto faz algum sentido. Porque eu não faço sentido.
Mas agora você sabe um pouco sobre a pessoa bipolar. Que é simplesmente...

Karina Agnês

terça-feira, 8 de junho de 2010

As qualidades de um defeito

O egoísmo é apontado como um defeito.
Sim, ele é um defeito.
Mas é um defeito que exige muito esforço da pessoa. Pois ser egoísta não é só querer o mundo somente pra você.
Ser egoísta é confiar em você mesmo, é acreditar naquilo que você diz, é ter sua auto-estima elevada, é fazer tudo para o seu bem, é só você, você, você e mais ninguém.
Portanto ser egoísta, nos leva a ter também qualidades, como auto-confiança, força de vontade e uma boa auto-estima.

Eu não sei se sou uma completa egoísta. Talvez não. Talvez eu só seja individualista. (o que são coisas distintas, por favor tente compreender) Passei anos da minha vida achando que meu pior defeito era o egoísmo, e agora refletindo sobre isso tudo, vejo que não. Vejo que sou só uma aprendiz de egoísta.
Vejo que não tenho auto-confiança e muito menos auto-estima suficiente para ser uma egoísta possessiva. E que talvez eu não tenha o coração tão duro, quanto parece.

Mas todos esses meus defeitos e qualidades, me fazem ser quem eu sou. Me ajudaram a criar uma identidade nessa vida, ajudaram a formar meu caráter.
E como dizia Clarice Lispektor, cortar os próprios defeitos pode ser perigoso, pois nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

Eu não vou arriscar acabar com meu caráter, apenas porque estou incomodando alguém com meu jeito de ser. E pensando pelo lado egoísta novamente, se um dia eu arriscar mudar, vai ser por mim, e apenas por mim.


Karina Agnês

domingo, 16 de maio de 2010

O tempo é cruel

Você só tem duas opções na vida: deixar estar ou fazer acontecer.

Deixar estar é você simplesmente não fazer nada, do tipo " deixa a vida me levar".
Fazer acontecer é você correr atrás, para conseguir o que quer, e não esperar o tempo te dar.

Nessas circunstâncias, o melhor mesmo é fazer acontecer. Será?
Porque quando você tenta, suas chances de conseguir são realmente bem menores do que as chances de você não conseguir. E quando você não consegue, você tenta de novo, e de novo, e de novo.... Mas chega uma hora em que a gente cansa, cansa de tentar, de correr atrás, cansa até de viver.
Então você começa a deixar estar, deixar que o tempo te carregue para onde for melhor.
Mas o tempo é cruel.
Quando você deixa estar, seus dias parecem sempre iguais, nada muda, tudo muito tedioso. Mas na verdade, as coisas mudam, mesmo que você não perceba, mesmo que tudo pareça igual. O relógio não para, o mundo continua girando, as coisas continuam acontecendo, e você lá, estático com as vendas nos olhos.
E de repente, quando você tira essas vendas e olha ao redor, meu Deus! Tudo mudou! Olhe para trás, e veja o que realmente aconteceu com clareza, então você se arrepende de não ter feito simplesmente nada, enquanto podia.
E agora? O que fazer?
Vamos fazer acontecer!
E esse ciclo da vida vai se repetindo como uma música, que foi destinada ao replay para sempre.

Mas então... que opção devo escolher?
Ora... você é quem sabe, tudo vai acabar no mesmo lugar, só depende de como irá chegar.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Teste das cores

Como você opera, age, frente aos seus objetivos e desejos: Quer afastar os empecilhos que estão no seu caminho, obedecer aos seus impulsos e ser envolvido em acontecimentos importantes ou sensacionais.
Desta forma, espera diminuir a intensidade dos seus conflitos, mas o seu comportamento impulsivo leva-o a situações imprevistas e perigosas.
Exige que idéias e emoções se unam e se mesclem perfeitamente. Recusa-se a fazer quaisquer concessões e a aceitar quaisquer acordos.

Suas preferências reais: Está tentando melhorar sua posição e prestígio. Satisfeito com as circunstâncias presentes e considera que algum melhoramento é essencial para o seu amor-próprio.
Não só considera mínimas as suas exigências como também encara-as como imperiosas. Apega-se a elas obstinadamente e não faz concessão alguma.

Sua situação real: Está angustiado com os obstáculos que enfrenta, e sem ânimo para qualquer forma de atividade ou para exigências adicionais que lhe sejam feitas. Precisa de calma e tranqüilidade, e de evitar qualquer coisa que possa angustiá-lo ainda mais.Insiste em que suas esperanças e ideais são realidade, mas precisa de reafirmação e estímulo. É egocêntrico; portanto, ofende-se com facilidade.

O que você quer evitar: Interpretação fisiológica: Descontentamento emocional e falta de amizade têm resultado em tensão e autodomínio excessivos.
Interpretação psicológica: Acha que deve receber cooperação até que a situação atual possa ser melhorada. Falta de compreensão e apreciação faz sentir que não existe qualquer laço real, e o descontentamento produz uma sensibilidade irritável; quer sentir-se mais seguro e mais a vontade. Gostaria de fugir do que agora considera laço deprimente, e restabelecer sua própria individualidade. Sua inibição sensual torna-lhe difícil nova ligação mas o isolamento resultante leva ao impulso de entregar-se, e unir-se a outra pessoa. Isto o perturba, já que considera tais instintos fraquezas para serem superadas - sente que só pode afirmar sua própria individualidade pela contenção contínua, e que somente esta permitirá manter sua posição através das dificuldades presentes. Em suma: Descontentamento emocional resultante de falta de amizade e de contenção excessiva.

Seu problema real: Tem prazer quando está em atividade, e quer ser respeitado e estimado pelas sua realizações pessoais.A necessidade de estima - de uma oportunidade para desempenhar algum papel importante e adquirir renome - tornou-se imperiosa. Reage insistindo em ser o centro de atenção e se recusa a desempenhar papel impessoal ou secundário.



É tudo o que eu sinto e não sei descrever. Eu recomendo.

Karina Agnês

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Agorafobia?

Talvez eu seja sozinha...
Não no sentido estar sozinha, até porque tenho várias pessoas ao meu lado.
Mas no sentido Ser mesmo.

Vamos encarar os fatos.
Eu cresci sozinha, não tive nenhum amigo verdadeiro na minha infância, não saía para canto nenhum, e na escola, tinha apenas colegas.
Cresci falando sozinha em meu quarto, com meus brinquedos, montando literalmente meu mundo.
Nas minhas brincadeiras eu fingia que meu quarto era uma cidade, em que eu era a dona, e todos meus brinquedos tinham suas famílias e casas, onde eu criava conflitos para eles, mas não participava, só chegava no final para resolver as histórias, pois eu via e ouvia tudo, como se estivesse vendo um filme que eu mesma criava.
Muito confuso, eu sei.
Porém minha infância inteira foi assim, fora as vezes que eu começava a dar um show particular para as paredes, brincava com a minha gata de pega-pega, e falava muito, mas muito sozinha.

Enfim... eu acabei me acostumando neste meu universo.
Quando encontrei minhas verdadeiras amigas, descobri que havia um outro mundo, além do que eu inventara, e pensei que era fácil fazer parte deste mundo, então eu a partir dali havia me integrado neste mundo novo.
Grande ilusão.

Eu em meus momentos mais "mundanos", sempre estive presa no meu "país das maravilhas".
Mas isso nunca afetou em nada, eu sabia muito bem diferenciar esses dois mundos.
Isso mesmo... sabia...
De uns tempos pra cá, eu venho me restringindo demais, isso não é ruim. É bom, eu me entendo muito melhor sozinha, sou uma pessoa bem diferente da que costumo ser com outras pessoas do lado.
Só que isso vem afetando cada vez mais minha relação com as "pessoas do mundo real", eu não tenho a mínima vontade de olhar pra elas, quanto mais conversar. Para participar da minha vida precisa ter um cartão vip, se não eu fuzilo com os olhos.
Quando ando no meio da multidão, me sinto mal, sinto como se eu não fizesse parte daquele lugar. Será que estou com agorafobia?
É a única explicação... ou não.
Ou talvez, não seja necessário explicação, talvez seja só coisa da minha cabeça.
Aah não, "A bipolar" ataca de novo....

Minha única certeza é que eu gosto de estar sozinha.
A solidão me faz bem, a escuridão também.


Karina Agnês

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vida, morte, destino

Vida.
Quando caímos na vida, temos sempre a chance de levantar.
Quando perdemos na vida, temos sempre a chance de vencer.
E quando perdemos a vida?
Não temos nada!
Além de lágrimas angustiadas dos nossos verdadeiros amigos.
A vida é tão cruel, sempre nos dá chances de recomeçar quando estamos para baixo, mas quando realmente precisamos de uma segunda chance, ela simplesmente nos nega.

Morte.
O que é a morte? o que é morrer?
Como pode uma pessoa estar alí e um segundo depois ter viajado para uma outra dimensão?
Eu não sei.
Uma coisa é fato, a morte é certeira. Ela combina com o destino de nos pregar uma peça, e fazer uma surpresa em uma hora totalmente inesperada, e BUM! Você é só um corpo mole, gelado e sem vida.

Destino.
Maldito destino, traça suas linhas traiçoeiras e não tem coisa qualquer que o faça desistir de seus objetivos. Agente para pra pensar e vê como tudo é tão meticuloso, esquemático e perfeito. O que é pra ser, será e ponto final.

E quando o destino nos leva nossos amores... dói, ai, dói demais.
Ficamos sem rumo, angústia no peito, e lágrimas nos olhos, parece que nos falta chão.
Como acreditar? Como continuar? Como voltar?
É só o que pensamos.
Mas de repente cai a ficha, nunca mais teremos a chance de ver, tocar, falar, abraçar a pessoa amada.
E aos poucos, acredite, vamos aprendendo a conviver com essa cicatriz que nunca irá se fechar.


Vida, morte, destino... são coisas irrelevantes, pois no final quem sempre vence é o amor.


Dedicado à: Gordinho, o gato mais lindo que já existiu.

Karina Agnês

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pesadelo

E mais uma vez me encontro no fundo do poço.
Preciso tomar cuidado antes que minhas próprias lágrimas me afoguem neste lugar escuro e sombrio. Eu só queria alcançar aquela luz lá no alto, tão distante de onde me encontro.
Aqui é tão terrível, ninguém por perto, só eu mesma cercada de paredes e escuridão. Medo, pavor, claustrofobia. Me pergunto: "Quando será que vou acordar deste pesadelo?"

Eu tento, eu juro que tento, me esforço ao máximo para subir, com as minhas próprias garras, minha própria força, é tão difícil, tão cansativo, mas a cada centímetro, eu fico mais e mais perto da luz.
Quando de repente algo me provoca, me atiça, me perturba, ou simplesmente me empurra de uma vez... E lá vou eu para o fundo do poço, voltar a chorar, e morrer aos poucos.

Eu só queria sair, voar, conseguir chegar ao topo e sair correndo pela grama verde, toca-la e sentir o orvalho da chuva passada, e ao olhar para o céu poder ver o arco-íris formando um casal perfeito junto com o céu cor de anil. E finalmente sentar na ponta do poço, olhar para baixo e pensar "Eu superei, eu consegui, eu cheguei no paraíso, no mundo das maravilhas, na terra do nunca, ou como quiser chamar. Eu venci a escuridão, eu venci meu medo, eu venci minha tristeza, eu venci!"
E é esse desejo, essa esperança que volta a arder no meu peito e me faz tentar outra vez, me faz voltar a subir.
Um dia eu sei que vou chegar lá, só espero que já não seja tarde demais.


Karina Agnês

sábado, 27 de março de 2010

Eu sou normal.

Sim, eu sou normal, faço coisas iguais e sigo a moda.
Sabe porque?

Porque ser anormal não é ser diferente, pelo menos não hoje em dia.
Hoje todo mundo fala: "eu sou anormal, eu não sigo a moda, eu tenho problemas"
Quer saber? isso cansou.

Vou te jogar uma verdade: VOCÊ É NORMAL! E dê graças a Deus à isso. Não adianta nem falar que não segue modas, pois tudo hoje em dia está ligado à moda. Se você ligar o computador, já está seguindo a moda, se você ligar a televisão também, se você ficar o dia inteiro dormindo continua seguindo a porcaria da moda.

Mas sabe qual o problema verdadeiro das pessoas? Não querer aceitar como elas realmente são!
Sabe, eu estou me fodendo pra moda, não ligo se eu sigo ela ou não. Há um tempo atrás tudo o que eu tentava fazer era não fazer parte de modismos. Agora? eu não quero saber se uso o mesmo tênis que todos usam, se eu faço coisas que todos fazem, se eu me "contradigo" no meu estilo, se eu não sei do que as pessoas falam porque eu simplesmente não assisto aquele programa.
Todos somos assim, apesar de poucas pessoas admitirem.
Mas também há algumas exceções, há pessoas que querem mudar o seu próprio estilo para seguirem as tendências, imitar alguém, ou tentar se encaixar em certos grupos. E mesmo assim se consideram diferentes. aah façam mil favores, seus poser's!
Isso é o que verdadeiramente me irrita. São pessoas com um nível de inteligência muito baixo, e de alienamento muito alto. Mas o que posso fazer? lamentar.

Portanto se você for como qualquer um que se considera anormal, você não passa de um ser humano mentecapto que não quer enxergar o mundo. Reavalie seus conceitos antes de abrir a matraca.

Porque nesse mundo cheio de pessoas anormais, eu quero mais é ser normal.


Karina Agnês

sexta-feira, 19 de março de 2010

Máquina do tempo

Tá vamos voltar um pouquinho no tempo...

piadas bobas, músicas da moda, paixões intensas, amizades passageiras, beijo na boca, lugares inesquecíveis, lágrimas secadas ao vento, risadas sem motivo, birras idiotas, brigas fúteis, confusões, pirraças, bonecas descabeladas, bichos de pelúcia pelo chão, amigos imaginários, brincadeiras infantis, beijo na bochecha, medo de ficar sozinha, músicas infantis, sonhos, sonhos, sonhos...

Porque nada mais faz sentido?
tudo isso passou tão rápido, e está tão distante, mas foi tão bom.
Muitas coisas foram esquecidas, outras inesquecíveis, mas todos os momentos sempre tão preciosos.
Meu corpo confirma que tudo isso realmente aconteceu, que eu realmente já fui uma pessoa tão diferente. Já minha mente já não tem essa certeza.

Como eu cheguei aqui? não que eu esteja reclamando, só quero saber o porque.
Porque?
Porque nosso cérebro nos faz questão de sempre nos relembrar? Cada lugar, música, cheiro, pessoa que revemos ou revivemos é uma terrivelmente maravilhosa lembrança. E nos faz chorar, e nos faz rir, e nos faz querer voltar, e nos faz querer mudar.
Mas enfim, quem sou eu para debater o percurso da vida?
Só podemos entrar na nossa máquina do tempo, mas conhecida como memória, e viver um pouco do passado.

É nossa sina.
Viver, amar, enjoar, lembrar, esquecer.
E assim nossos minutos vão passando de um em um, sem faltar um segundo sequer, até o fim, até o nosso fim.

Karina Agnês

sábado, 13 de março de 2010

O simples e o intenso

Eu quero o simples, o suave o essencial.
Mas sou completamente ao contrário, sou o complexo, o bipolar, o intenso.

Ora... mas opostos se atraem não é mesmo?

Eu venho tentado muito conseguir ser o equilíbrio das coisas. Mas eu não consigo, sou muito impulsiva. Eu achava que não era assim, eu pelo menos não tento ser assim, mas quando me distraio, falo coisas que não devia, magoou pessoas por bobagem, e quando me sobe o sangue... melhor nem comentar.
Meus objetivos de querer ser uma pessoa mais tranquila, mais versátil não combinam com meu gênio forte.

Então me caiu a ficha... Eu posso ter o simples sendo um furacão, eu posso ser a tempestade de uma chuva de verão, eu posso ter a paz e ser bipolar, eu posso ser o ódio e amar.
Eu posso deitar na grama e olhar as estrelas, como posso passar horas na frente de um computador.
Eu posso ser amável com quem eu gosto, como posso ser anti-social com quem merece.
Eu posso ler e meditar, como posso brigar e gritar.
Eu posso amar e sonhar, como posso enxergar a realidade e ser fria.
Eu posso chorar sozinha no meu quarto, como posso rir o dia inteiro.
Eu posso ser madura, como posso ser infantil.
Quem disse que eu não posso ser livre para ser o que eu quiser?

Eu sou o que penso e o que faço.
Esse é o grande segredo do equilíbrio.


Karina Agnês

terça-feira, 2 de março de 2010

Encontro casual

As vezes, uma pequena frase que para você não vai fazer diferença de dize-la ou não, para mim pode ser um presente enorme, um consolo, uma esperança e até um lema de vida.
Eis aqui um gesto simples de um desconhecido, em que eu nem me recordo o nome.

"Escute garota, nunca deixe de sorrir. 90% da beleza do ser humano, e principalmente da mulher, se encontra no sorriso e no olhar. Então nunca deixe de sorrir, nem com a boca, nem com os olhos, muito menos com o coração. A beleza está no natural e no simples da vida."
Desconhecido.

Muitos irão pensar, que são só aqueles adultos, querendo passar um sermão, uma coisa fútil do dia-a-dia. Eu também pensaria isso, se não tivesse visto os olhos profundos, a transparência, a humildade e a simplicidade daquele homem. O que era para ser apenas um "Bom dia", este o fez uma conversa inesquecível. Contou-me também de suas aventuras pela vida, me tirou algumas risadas, e muitos outros aprendizados. Suas vestes simples e sua pele marcada com o tempo, o faziam parecer um homem comum, mas seu carisma e sua inteligência me mostraram que ele foi meu mais próximo vendedor de sonhos. Que sorte a minha, enquanto lia o enredo do livro que tanto me marcou, poder encontrar o personagem principal passeando pela minha estrada de terra preferida é maravilhoso.
Foi simples assim, ele apareceu e disse o que eu precisava ouvir na hora certa e no lugar certo. Como não acredito em coincidências, só pode ter sido minha sina ou uma providência Divina.

Nunca compartilhei isso com ninguém, apesar de querer contar ao mundo que eu comprei o sonho. O sonho da simplicidade, da naturalidade dos fatos, da beleza do ser humano, da crença que ainda existem pessoas boas e principalmente da fé e esperança que nunca irão me abandonar. Agora, como pagamento só tenho que revende-los.

Queria aprender mais, conversar mais, conhecer mais meu desconhecido favorito. Quem sabe um dia o destino não nos marque mais um encontro casual?


Karina Agnês

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Acorde!

A chuva é um conjunto. Um conjunto de sons, acontecimentos, belezas e sentimentos.
Um conjunto perfeito para se acordar.

Começaremos pelas nuvens. Céu nublado, para muitas pessoas não é tão bonito assim. Mas será que elas realmente observam este céu? Será que não conseguem enxergar as formas das belas nuvens acinzentadas? Experimente olhar para o céu em um dia de chuva, e veja como as nuvens mudam tão rápido de forma e de lugar, elas estão te dizendo que a vida passa rápido, portanto não perca tempo.

Os relâmpagos também não causam boa impressão para as pessoas. Mas será que ele é realmente malvado, ou é um bom-feitor? Veja como o céu inteiro muda de cor quando ele aparece! Veja como ele parece um cometa quando atinge um lugar! experimente olhar para o céu em um dia de chuva, e veja como os relâmpagos são gentis em nos dar um show real de fogos de artifícios, eles estão te dizendo que a vida é um espetáculo.

Os trovões, causam medo, e pavor em crianças e adultos. Mas será que ele pretende nos assustar, ou nos avisar? Avisar que a chuva está aí, gritando em uma voz grave: "Hey olha que coisa mais linda, saia deste abrigo e vem fazer parte do nosso show!" experimente olhar para o céu em um dia de chuva, e realmente prestar bem atenção em todos estes sons magníficos, eles estão tentando te dizer que a vida é agora, então vá viver o presente, pois ele é realmente um presente.

E finalmente os pingos de chuva, que muitas pessoas não gostam de sentir, porque acham a chuva suja. Mas como algo que vem do céu pode ser sujo? Será que você não está comendo, bebendo ou usando coisas piores? A chuva que é tão frágil, leve e gélida, não te trará mal algum! experimente olhar para o céu em um dia de chuva, e ver como os brandos pingos de chuva caem do céu, e conseguem te fazer sentir o arrepio do toque em sua pele, eles estão tentando te dizer que a vida está presente nos mínimos detalhes, e que você deve senti-los especialmente com o coração, pois o mal está nos olhos de quem vê.

Experimente olha para o céu em uma dia de chuva e decifrar toda a intensidade deste conjunto, em fazer um simples gesto: fazer você sorrir, viver e acordar! Então vá tomar um bom banho de chuva, observar por minutos este céu maravilhoso e só assim poderá abrir os olhos para a natureza e para a vida!
Deus deu a vida pra agente viver, Deus deu a chuva para... ?
descubra você mesmo.


Karina Agnês

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Lavagem cerebral

Eu me sinto privilegiada por estar onde estou, de ser quem eu sou, de ter o que eu tenho... mas ao mesmo tempo eu me sinto terrivelmente culpada por não conseguir ser igual as outras pessoas, que sempre estão vencendo, conseguindo o que querem, porque parece que só eu que caio? Porque só eu que nunca consigo?

Muitos confundiriam isso com inveja, mas é muito pelo contrário, a culpa talvez não seja só de quem ganha ou perde... A culpa é desse maldito sistema monopolizado, em que pessoas bonitas e bem sucedidas são pessoas de alto nível social e econômico, que são magras, altas, com um corpo tipo Marilyn Monroe, com uma familia grande, feliz e exemplar... e blábláblá...

Que saco, só porque eu não sou alta, magra, loira dos olhos verdes não quer dizer que eu sou feia. E também não é porque eu não sou rica, não tenho uma família perfeita e não sou a Miss simpatia que eu sou uma pessoa má ou incapaz de ser feliz.
As vezes, de tanto o sistema colocar isso em nossas cabeças, eu fico confusa, e me pergunto: "será que eu sou a vilã da história?". Mas se eu for, não era minha intenção, não tenho culpa se estou fora dos padrões.

Me perdoe, se você faz parte desse monopólio, mas eu tenho que te dizer uma coisa: Fizeram uma lavagem cerebral em você! Porque a maior beleza de um ser humano está no interior, o exterior é só uma casca que com o tempo vai se desgastando. E a maior riqueza que se pode conquistar é a sabedoria, porque é a única coisa que você realmente poderá deixar de herança para seus filhos, pois dinheiro e poder vão e vem, mas nunca trazem nada.

Mas como diz o ditado, falar é fácil, o difícil é por em prática.
Eu mesma não tenho tamanha coragem, de me aceitar como sou, pois é praticamente impossível uma adolescente no pleno século XXI, não se olhar no espelho e encontrar sequer um "defeito".

A sociedade deveria se preocupar mais com isso, pois o adolescente frustrado de hoje, é a continuidade dessa história. E pode apostar que dessa vez não vai ter um final feliz.


Karina Agnês

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Carregando

É tão difícil manter a força no cotidiano.
Eu pareço um celular, que tem que ser carregado todo dia, para não perder a força, não perder a fé, a confiança, o otimismo.
Isso cansa, essa eterna batalha contra mim mesma. Uma parte de mim quer continuar firme no que eu acredito, no que eu quero pra mim, no que é certo. Outra parte já não aguenta mais, quer jogar tudo para o alto, tirar esse peso das costas.
Eu sei que nada nessa vida é fácil, mas, eu queria viver em paz! Somente isso, sem preocupações, sem pressões, sem responsabilidades.
Mas para um dia eu ter essa paz, eu preciso ganhar a guerra.
E eu sei que eu posso, eu tenho essa confiança. Mas as vezes eu me pergunto: Será que eu não estou me cobrando demais? Será que foi eu mesma que tirei meu sono e meu sossego?

E eu corro riscos também, riscos de eu perder tudo o que eu consegui somente por uma briga qualquer, uma explosão sequer. Do jeito que eu sou não duvido nada. É só me tirarem do sério, que eu perco a razão, o sangue me sobe e eu não consigo mais pensar. E quando eu fico calada, me vem aquela dor no peito insuportável e aquela vontade de chorar. E então eu explodo, e toda minha moral, minhas conquistas, meu eu, se explode junto.
Então essa incerteza contínua, e esse medo de dar um passo errado me afligem, e me asfixiam, tirando minha paz e tranquilidade.

Mas eu não posso desistir, não agora.
Pois entre nunca tentar ou tentar e perder tudo, eu fico com o tentar.
Então eu vou continuar conquistando batalhas, e me carregar continuamente para não perder de vez as forças, e descobrir a paz que existe em mim.
Eu vou conseguir.
Eu tenho que conseguir.
E se não conseguir, eu pelo menos tentei e aprendi.


Que Deus me guie, pois eu ja não enxergo mais meu caminho.


Karina Agnês

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Coisas da vida

As vezes é bom botar tudo pra fora, antes que os problemas te sufoquem. É bom chorar sem ter um motivo certo... Sabe? Ouvir musicas que te deixam para baixo, ler poemas tristes, valem apena... pois faz você dar ainda mais valor aos pequenos detalhes da vida!
Bom... como eu estou sempre auto-avaliando meus conceitos, eu aprendi que a mistura de um pouco de tudo, seja a tristeza, a euforia, a calma, até mesmo a raiva... trazem a paz! Porque o maior erro do ser humano é o exagero, se não fôssemos tão exagerados, com as coisas pequenas e grandes do dia-a-dia, conseguiríamos enfim, aproveitar a vida!
Viver cada dia intensamente, e aprender que o momento de agora nunca mais irá voltar, então faça o que tem vontade, se expresse, ajude, mude. Mas não se esqueça que há momentos para tudo...
Por isso é bom ficar sozinha, chorar, desabafar nem qe seja com o próprio espelho, para quando enxugarmos nossas lágrimas, possamos enxergar tudo o que temos, tentar conquistar o que não temos, e concertar nossas vidas no que podemos. E se por acaso não conseguirmos, vamos em frente, foi só um parágrafo ruim em nosso livro da vida... porque você pode apostar, tem muita coisa pela frente!



Karina Agnês