domingo, 7 de fevereiro de 2010

Carregando

É tão difícil manter a força no cotidiano.
Eu pareço um celular, que tem que ser carregado todo dia, para não perder a força, não perder a fé, a confiança, o otimismo.
Isso cansa, essa eterna batalha contra mim mesma. Uma parte de mim quer continuar firme no que eu acredito, no que eu quero pra mim, no que é certo. Outra parte já não aguenta mais, quer jogar tudo para o alto, tirar esse peso das costas.
Eu sei que nada nessa vida é fácil, mas, eu queria viver em paz! Somente isso, sem preocupações, sem pressões, sem responsabilidades.
Mas para um dia eu ter essa paz, eu preciso ganhar a guerra.
E eu sei que eu posso, eu tenho essa confiança. Mas as vezes eu me pergunto: Será que eu não estou me cobrando demais? Será que foi eu mesma que tirei meu sono e meu sossego?

E eu corro riscos também, riscos de eu perder tudo o que eu consegui somente por uma briga qualquer, uma explosão sequer. Do jeito que eu sou não duvido nada. É só me tirarem do sério, que eu perco a razão, o sangue me sobe e eu não consigo mais pensar. E quando eu fico calada, me vem aquela dor no peito insuportável e aquela vontade de chorar. E então eu explodo, e toda minha moral, minhas conquistas, meu eu, se explode junto.
Então essa incerteza contínua, e esse medo de dar um passo errado me afligem, e me asfixiam, tirando minha paz e tranquilidade.

Mas eu não posso desistir, não agora.
Pois entre nunca tentar ou tentar e perder tudo, eu fico com o tentar.
Então eu vou continuar conquistando batalhas, e me carregar continuamente para não perder de vez as forças, e descobrir a paz que existe em mim.
Eu vou conseguir.
Eu tenho que conseguir.
E se não conseguir, eu pelo menos tentei e aprendi.


Que Deus me guie, pois eu ja não enxergo mais meu caminho.


Karina Agnês

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