sábado, 24 de março de 2012

Atarantada

Não foi o destino, foi você. Você que me escolheu, que me notou e pintou toda minha essência. Você que por algum motivo perdeu a fala, e que sem ter motivo ficou sem graça. Hoje eu vejo que não é errado amar, é errado fingir amor. Você não fingiu, você suprimiu. E eu atarantada que sou, sempre estive procurando algo que sempre esteve com o olhar fixo em mim. Mas eu resolvi te perceber, e resolvi me acostumar a pensar em você. E de forma literal e poética, você virou meu vício, minha rotina. Minha inconstância emocional, se liga ao fato de quando você me faz sorrir ou não. Meu silêncio se liga a forma de como você reage quando eu passo. Meus olhos te procuram no mar de gente, e te encontram de forma aliviada. Eu realmente estou perdida, ninguém nunca me deu um manual de como-não-ser-uma-idiota-gostando-de-alguém. Me mostra o caminho e me leva pra longe daqui, quero sentir teu corpo, desvendar tua alma. Quero me ver nos teus olhos, quero guardar minhas mágoas e nostalgias no teu peito. Quero escrever teu nome no espelho, quero te ter nas mãos quando não puder ter mais nada. Minha voz nervosa e minhas bochechas avermelhadas deixam explícito isso, é só você reparar. O quão mais atarantada estou, só pelo fato de me apaixonar.

terça-feira, 20 de março de 2012

E ninguém nunca vai perceber sua expressão partida e seu coração vazio.

domingo, 11 de março de 2012

Fatalidade do Destino

E o trem começou a andar. Lentamente deixou a estação passar. Uma paradinha, parece que algo está errado. O trem se dividiu em dois, e uma parte foi pelo lado errado. Agora na contramão o trem luta para parar, o desespero visível, e ninguém para ajudar. As pessoas sacolejando lá dentro, deram-se as mãos. Um outro trem a vista, e na mesma direção. Nada acontece, os segundos passam devagar. Respiração profunda, feita por quem estava para acabar. O outro trem freia mas não há mais tempo, o anseio de vida agora é lento. Quantas histórias serão esquecidas. Muitos irão chorar por aquelas vidas. A fatalidade do destino é horrível de se crer, sonhos são substituídos pelo o único desejo de sobreviver. Que desperdício de tantos olhos a sorrir, porque para eles, agora era o túmulo que estava por vir. Mas outras vidas continuam, o tempo não pode parar, e então novamente, o trem começou a andar.