quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

M - Parte 1

  - Desculpa... Eu só estou cansada. Mas pode apostar que uma hora isso passa. Do nada as desculpas irão evaporar feito água do mar, e aí só vai restar o sal. Enquanto isso me deixa sozinha, eu sei muito bem me virar com os meus problemas emocionais. Querendo ou não já estou crescidinha o bastante para aguentar as consequências dos meus problemas. E não me olha assim porra! Eu não vou voltar a fumar, e nem vou tentar suicídio ou coisa assim. Confia em mim... Eu vou tentar ser uma pessoa melhor, juro. Mas eu preciso de um tempo cara, preciso descansar as pernas, comer muita porcaria, e passar alguns dias sem ver a luz do sol. Quando for seguro, eu volto. Porque nesse instante eu me sinto um saco de batatas, capaz de cair com apenas um chute. Agora, vai embora. Mas não me deixe, nunca pense que minha intenção é te afastar, não... A intenção é me afastar de mim mesma. De um alguém que não existe... Você não vai dizer nada? Vai ficar aí parado me julgando com essa sua cara irônica? Fala alguma coisa!


- Olha, eu só tenho uma coisa para te falar: As pessoas não são seus fantoches, elas sentem, e vem e vão quando querem. Você não pode controlar tudo Mônica. Você não pode fazer a merda, e depois pedir desculpa e dizer que quer ficar sozinha. Você não é a vítima. E espero que você entenda isso antes de perder quem ainda te ama. Porque no seu teatro eu não caio mais.

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