quarta-feira, 22 de junho de 2011

Do amor

Do amor eu sei pouco. Sei apenas o necessário.
O amor é como uma lingua estrangeira. Um inglês, um francês, um italiano. Umas poucas palavras sei traduzir, o resto eu só ouço um barulho sem significado algum.
A saudade é um tradutor atrasado. Vive traduzindo sentimentos, que agora já nem vale mais apena entender. Uma torturante rotina de viver se martirizando, por não ter entendido mais cedo.
Maldita saudade. Será que um dia acertará seu relógio? Será que algum dia acertará algo a tempo?

Do amor prefiro não falar. Falo apenas do fútil estereótipo.
Palavras, são nada mais nada menos que palavras. E o amor vai além de palavras.
Mas sei que apenas um simples "Eu Te Amo" pode destruir com uma vida, ou salvar duas.
Usar palavras em nome do amor em vão é perigoso. Não se arrisque... O destino, primo de primeiro grau do amor, pode ser muitas vezes vingativo.

Do amor não me resta nada. Ele simplesmente vem e vai quando quer.
O amor é algo inconstante, imprevisível. Chega na sua casa no pior dia, quando sua pia está cheia de louças, sua cama desarrumada, e há papeis espalhados por todo canto.
E então ele te tira da realidade, e te dá um dia de princesa. Melhor, ele te dá um príncipe! E você fica lá nas alturas, no nobre castelo real...
Até que o amor te dá um beliscão, e você acorda no sofá da sua casa, toda dolorida. E nossa! Esse lugar estava tão bagunçado assim, da última vez que vi?
Há quem diga que isso é cruel. Mas eu acredito que isso seja uma forma de manter a esperança por perto. Já que não há companhia melhor do que a esperança, quando o amor vai embora.

Do amor... Bem, só me resta a saudade e a esperança de ter um destino melhor.

Karina Agnês

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