Quem se contenta só com a beirinha do mar? Quem se contenta só com uma mordida na barra de chocolate? Quem se contenta em só olhar?
Tá tão vazio aqui, o piso da cozinha tá frio e aquela mesma música já tá cansada de repetir. O capslock tá desativado já faz semanas e aquele meu perfume que você tanto gostava acabou. O tempo acaba passando amor, e as nossas histórias de tão relembradas, começam a ficar demodê. Hoje eu acabo aquecendo mãos alheias, esvaziando a mente, enterrando os pés na areia, e volta-e-meia acabo pensando na gente. O jeito mais clichê de explicar tudo o que eu tô sentindo, é que isso é só saudade. Mas não é tão simples assim. É como aquela música com a letra e melodia radiantes, mas que sem motivo te dá uma melancolia enorme. É exatamente isso que eu sinto quando eu vejo suas fotos, com os olhos sorrindo para outra. Mas vez ou outra, te pego olhando pra mim também, daquele mesmo jeitinho em que me olhou naquele dia em que a gente só ficou ali, parado na grama e olhando o céu. Mas aí desvia o olhar, e toda a luz do céu e o verde da grama desaparecem. Esse nosso coração confuso que só desabafa quando ninguém mais te olha, quando não tem mais ninguém ali pra te consolar, só nos machuca ainda mais. E apesar dos pesares, eu fico pensando: será mesmo que eu só me contentaria com a beirinha do seu amor?
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